Rumo a um Portugal menos ansioso, com a APPA

3 min readMay 17, 2019

14 de Maio, 2019

Ansiedade… quem nunca a sentiu? É normal sentir ansiedade em situações do quotidiano, tais como antes de um exame ou teste, antes de uma entrevista de emprego ou de um encontro importante. Esta ansiedade pode até melhorar o nosso desempenho, porque nos mantém alerta. Contudo, quando a ansiedade se agiganta e começa a interferir com o nosso dia-a-dia, pode provocar danos graves!

Gerir a ansiedade é possível e há muitas formas de o fazer, dependendo de cada pessoa e de cada caso. Temos de desenvolver estratégias para transformar a ansiedade em aliada em vez de inimiga. Felizmente, em Portugal existe a Associação Portuguesa para as Perturbações da Ansiedade (APPA), desde Outubro de 2018. Fundada pela Teresa Fortes (psicóloga) e pela Ana Santos (assistente social), esta associação tem como objetivos principais:

o Reforçar a intervenção psicológica e social, ao nível da prevenção, da intervenção precoce, do tratamento e da reabilitação, em que o foco são as Perturbações de Ansiedade e outras co morbilidades associadas;

o Desenvolver respostas efetivas e que perdurem no tempo, diminuindo assim, as limitações psicossociais do doente e melhorando a sua qualidade de vida;

o Criar uma equipa multidisciplinar para assegurar e garantir um melhor acompanhamento individualizado e continuado, de forma a garantir uma resposta atempada face ao diagnóstico/problema;

o Promover equidade/ igualdade de oportunidades no acesso aos cuidados de saúde, na área da saúde mental;

o Educar e formar, promovendo ações de esclarecimento, para doentes e cuidadores informais e formais;

o Capacitar e orientar o doente na sua vulnerabilidade social e económica, combatendo o seu isolamento.

Tive o prazer de falar com a Ana e com a Teresa em Maio de 2019, apesar do fuso horário de 7 horas, graças à tecnologia e ao Skype! Descobri que de momento a APPA tem os seguintes recursos humanos: 1 assistente social, 1 psicólogo social e 3 psicólogas clínicas. Descobri também que pretendem fazer parceria com outros profissionais, nomeadamente coaches.

A APPA acredita numa solução construída com e para cada utente, de forma a responder ao caso específico, por isso poderá recomendar terapias cognitivo-comportamentais, programação neurolinguística, psicoterapia, hipnose, coaching, ou outras terapias.

Por graça e porque todos sofremos de ansiedade em graus maiores ou menores ao longo das nossas vidas, perguntei à Ana e à Teresa quais as estratégias que usam pessoalmente, quando a ansiedade lhes bate à porta. Eis as respostas:

· A Ana gosta de parar para pensar. Quando ela nota que a ansiedade está a aumentar, a acelerar o batimento cardíaco, ela para e reorganiza as ideias.

· A Teresa usa a respiração para retornar à normalidade.

· Eu sou mais como a Teresa, quando a ansiedade ataca: uso a respiração 4–7–8, que o Dr Weil explica muito bem na sua página. Podem ver aqui também como fazer.

Esta associação é muito recente e está aberta a ideias e propostas, porque querem criar algo inovador e sustentável, para prevenir e controlar perturbações de ansiedade, rumo a um Portugal mais tranquilo e feliz! Se tens ideias inovadoras, envia-lhes um email!

Para saber mais sobre a APPA, leiam o artigo da MAGG ou entrem em contacto com a associação:

Morada: Rua Helena Vaz da Silva nº 15, 6 C, 1750–405

Telefone: 912209441
Email: info@perturbacoesansiedade.pt

A APPA também tem página no Facebook.

Saudações saltitonas,

Raquel Coelho